sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Pão de centeio ou com linhaça ajuda o intestino e previnem câncer


Você acordou, olhou para sua cesta de pães e não sabe qual deles é o mais saudável? O branco, o integral, o light, qual deles é a melhor opção?
Independentemente do tipo, é importante ficar atento ao rótulo e observar a quantidade de sódio, açúcar e calorias dos pães. Uma boa opção é com a menor quantidade de sal, sem gordura trans e precisa ter 1,5g de fibra a cada duas fatias (50g).
Preto - é uma boa fonte de fibras, já que é elaborado a partir de uma mistura de farinhas integrais. Alguns pães podem conter mel na formulação. Se o objetivo é a perda de peso ou se você tem alguma restrição de açúcar, seu consumo deve ser orientado.
De centeio - O farelo do centeio é fonte de fibra insolúvel que colabora com o bom funcionamento do intestino e reduz o risco de câncer.
Integral - parte da massa é feita com farinha integral, se acrescido com com grãos, fica rico em fibras e gorduras boas
Light - tem uma redução de pelo menos 25% de um dos seus componentes, que podem ser calorias ou a quantidade de sal. Verifique na embalagem.
Com linhaça - Por ser fonte de ômega-3, traz benefícios anti-inflamatórios, antioxidantes e auxiliam no bom funcionamento do coração. Além disso, contém uma substância chamada lignana, semelhante ao hormônio estrógeno produzido pelas mulheres, e pode ajudar na prevenção do câncer de mama e também auxilia o bom funcionamento do intestino.
Com aveia - A substância beta-glucana encontrada neste tipo de pão ajuda a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, e também colabora com o bom trabalho do intestino.
7, 9, 12 e 15 grãos - Possui grãos variados, de diferentes combinações. Importante ressaltar que o número de grãos não corresponde a um teor maior de fibras. Vale a pena consultar o rótulo dos produtos para verificar.





quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Coprofagia: entenda por que os cachorros comem cocô


Fome, estresse e medo de punições estão entre os motivos que levam seu pet a comer fezes

Podendo aparecer em função de disfunções comportamentais ou metabólicas, a coprofagia é um problema bastante comum no mundo dos cães, e consiste no ato do pet comer fezes. Vários motivos podem estar envolvidos no aparecimento desse tipo de comportamento canino, e descobrir a origem do problema é oprimeiro passo para solucioná-lo.
Embora, na maioria dos casos, os cães com coprofagia tenham o costume de comer seu próprio cocô, ele também pode ingerir as fezes de outros animais, incluindo cães, gatos e até seres humanos. Confira, a seguir, algumas das causas mais comuns para a coprofagia canina:
Fome
A falta de alimentação pode incentivar o problema, já que as fezes não são repugnantes para os cães como para as pessoas.
Carência nutritiva
A falta de nutrientes pode fazer com que o cão os busque nas fezes de outros animais, que podem ser consideradas até como um petisco pelo cachorro.
Estresse
Mudanças bruscas de ambiente e a solidão podem levar o cão a ficar depressivo e estressado, e essa ansiedade pode ter a coprofagia como uma forma de escape.
Falta de atenção dos donos
Sabendo que o ato de comer cocô aumenta a atenção de seus donos em relação à ele (mesmo que de forma negativa), o cão pode desenvolver o problema por querer mais carinho e cuidados.
Medo de punições
Ao notar que é punido quando defeca em lugares inapropriados, o cachorro pode comer suas fezes para evitar punições de seus donos.
Embora as causas citadas acima sejam algumas das mais comuns, a coprofagia ainda pode ser desencadeada em função da presença de vermes no animal, da falta de espaço em que ele habita e da má digestão, entre outros fatores.
Descobrir a origem do problema é a melhor forma de encontrar uma solução. Como esse hábito pode causar uma série de complicações e doenças na vida do animal, ao notar que o seu cãozinho come cocô com frequência, não hesite em levá-lo à um veterinário para que umprocesso de tratamento seja iniciado.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Dispepsia


A dispepsia é uma dor ou um mal-estar na parte alta do abdómen ou no peito que muitas vezes é descrita como ter gases, sensação de estar cheio ou como uma dor corrosiva ou urgente (ardor).
A dispepsia tem muitas causas. Algumas são perturbações importantes, como úlceras do estômago, úlceras duodenais, inflamação do estômago (gastrite) e cancro gástrico. A ansiedade pode provocar dispepsia (possivelmente porque uma pessoa ansiosa tende a suspirar ou a inspirar e engolir ar, o que pode provocar distensão gástrica ou intestinal, bem como flatulência e meteorismo). A ansiedade também pode aumentar a percepção de sensações desagradáveis por parte da pessoa, ao ponto de o mais pequeno incómodo se tornar muito stressante.
A bactéria Helicobacter pylori  pode provocar inflamação e úlceras do estômago e do duodeno, mas não é seguro se pode provocar dispepsia moderada nas pessoas que não tenham úlceras.
Sintomas e diagnóstico
A dor e o mal-estar na parte superior do abdómen ou no peito pode ser acompanhada de arrotos e de ruídos abdominais ampliados (borborigmos). Nalgumas pessoas, a ingestão de alimentos agrava a dor, a outras alivia-a. Outros sintomas incluem perda de apetite, náuseas, prisão de ventre, diarreia e flatulência.
Muitas vezes, começa-se o tratamento sem análises prévias. Quando estas são feitas, não conseguem identificar qualquer anomalia em 50 % dos casos de dispepsia. Mesmo quando se encontram anomalias, muitas vezes não explicam todos os sintomas.
No entanto, como a dispepsia pode ser um aviso precoce duma doença grave, em determinados casos fazem-se essas análises. Fazem-se testes nos doentes cuja dispepsia se prolonga para além dumas semanas, não responde ao tratamento ou é acompanhada de perda de peso ou de outros sintomas pouco habituais. As análises de laboratório incluem normalmente uma contagem completa de glóbulos vermelhos e uma análise para detecção de sangue nas fezes. Os estudos radiológicos do esófago, do estômago ou do intestino delgado utilizando bário podem ser feitos se o doente tiver problemas em engolir ou apresentar vómitos, perda de peso ou se sofrer de dores que se agravam ou aliviam ao ingerir alimentos. Pode ser usado um endoscópio (um tubo de visualização de fibra óptica)  para examinar o interior do esófago, do estômago ou do intestino e obter uma amostra do revestimento gástrico através de uma biopsia. Depois essa amostra é examinada ao microscópio para ver se está infectada por Helicobacter pylori. Outros estudos, que por vezes são úteis, são os que medem as contracções do esófago ou a resposta deste ao ácido.
Tratamento
Se não se encontrar uma causa subjacente, o médico trata os sintomas. Durante um curto período de tempo pode experimentar-se a administração dum antiácido ou dum bloqueador dos receptores H2, como a cimetidina, a ranitidina ou a famotidina. Se a pessoa tiver uma infecção por Helicobacter pylori na mucosa do estômago, o médico normalmente prescreve subsalicilato de bismuto e um antibiótico como a amoxicilina ou o metronidazol.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Gastrenterite


Gastrenterite é o termo que se aplica, em geral, a um grupo de perturbações cuja causa são as infecções e o aparecimento de sintomas como perda de apetite, náuseas, vómitos, diarreia moderada a intensa, cólicas e mal-estar no abdómen. Juntamente com os líquidos corporais, perdem-se electrólitos, sobretudo o sódio e o potássio.  Embora se trate dum ligeiro contratempo nos adultos saudáveis, um desequilíbrio electrolítico pode provocar uma desidratação nas pessoas muito doentes e em crianças e idosos.
Causas
As epidemias de diarreia em lactentes, crianças e adultos são geralmente provocadas por microrganismos presentes na água ou em alimentos habitualmente contaminados por fezes infectadas. As infecções também podem ser transmitidas de pessoa para pessoa, sobretudo se alguém com diarreia não lavar bem as mãos depois de evacuar. As infecções por determinado tipo de bactéria chamada Salmonella podem-se contrair, por exemplo, ao tocar em répteis, como tartarugas ou iguanas, e depois levar os dedos à boca.
Determinadas bactérias produzem toxinas que fazem com que as células da parede intestinal aumentem a secreção de água e de electrólitos. Uma destas toxinas é a responsável pela diarreia aquosa, sintoma da cólera.  Outra toxina produzida por uma bactéria muito comum, a Escherichia coli (E. coli), pode provocar a diarreia do viajante e alguns surtos de diarreia nos serviços hospitalares de pediatria.
Algumas bactérias, como certas variedade de E. coli, Campylobacter, Shigella e Salmonella (incluindo o tipo que provoca a febre tifóide), invadem o revestimento mucoso intestinal. Esta bactérias danificam as células subjacentes, provocando ligeiras ulcerações que sangram e que condicionam uma perda considerável de líquido rico em proteínas, electrólitos e água. 
Além das bactérias, certos vírus, como o Norwalk e o Coxsackie, provocam gastrenterite. Durante o Inverno, nas zonas de clima temperado, os rotavírus provocam a maioria dos casos de diarreia suficientemente graves para que os lactentes e crianças de 2 a 4 anos tenham de ser hospitalizados. Além do estômago e do intestino, as infecções por enterovírus e adenovírus também podem afectar os pulmões.
Certos parasitas intestinais, particularmente a Giardia lamblia, invadem ou aderem ao revestimento intestinal e causam náuseas, vómitos, diarreia e um estado de mal-estar geral. A doença resultante, chamada giardíase  é mais comum em climas frios. Se a doença se tornar persistente (crónica), pode impedir que o organismo absorva nutrientes, o que gera uma perturbação chamada síndroma de má absorção.  Outro parasita intestinal, denominadoCryptosporidium, provoca diarreia aquosa que por vezes é acompanhada de cólicas abdominais, náuseas e vómitos. Em pessoas saudáveis, a doença é normalmente ligeira, mas nos imunodeprimidos a infecção pode ser grave ou até mortal. Tanto a Giardia como o Cryptosporidium são basicamente adquiridos ao beber água contaminada.
A gastrenterite pode ser consequência da ingestão de toxinas químicas presentes nos mariscos, em plantas como os cogumelos e as batatas ou em alimentos contaminados. A intolerância à lactose (incapacidade para digerir e absorver o açúcar do leite) também pode provocar gastrenterite. Os sintomas, que surgem frequentemente depois de ingerir leite, são por vezes erradamente interpretados como uma alergia ao leite. A ingestão acidental de metais pesados, como o arsénico, o chumbo, o mercúrio ou o cádmio, com a água ou os alimentos pode provocar repentinamente náuseas, vómitos e diarreia. Muitos fármacos, incluindo os antibióticos, por vezes provocam cólicas abdominais e diarreia.
Sintomas
O tipo e a gravidade dos sintomas dependem do tipo e da quantidade da toxina ou do microrganismo ingeridos. Também variam de acordo com a resistência da pessoa à doença. Os sintomas começam muitas vezes de repente (por vezes de forma aparatosa) com perda de apetite, náuseas ou vómitos. Podem ocorrer ruídos intestinais audíveis, cólicas e diarreia, com ou sem presença de sangue e muco. As ansas intestinais podem-se dilatar com o gás e provocar dor. A pessoa pode ter febre, sentir-se fraca, sofrer dores musculares e revelar um cansaço extremo.
Os vómitos intensos e a diarreia podem conduzir a uma desidratação acentuada e a uma hipotensão intensa (diminuição da tensão arterial). Tanto os vómitos excessivos como a diarreia podem provocar uma grave perda de potássio, que se traduz em baixos valores sanguíneos deste electrólito (hipopotassemia). Também baixam os valores de sódio (hiponatremia), particularmente se a pessoa repuser o volume perdido bebendo apenas líquidos que contenham pouco sal (como a água e o chá). Todos estes desequilíbrios são potencialmente graves.
Diagnóstico
O diagnóstico de gastrenterite é normalmente óbvio a partir da sintomatologia, mas a sua causa não. Por vezes, outros membros da família ou colegas de trabalho estiveram recentemente com sintomas semelhantes. Outras vezes, a pessoa pode relacionar a doença com alimentos inadequadamente cozinhados, em mau estado ou contaminados, como a maionese que permaneceu muito tempo fora do frigorífico ou os mariscos crus. As viagens recentes, especialmente a certos países, podem também contribuir com dados para o diagnóstico.
Se os sintomas forem intensos ou durarem mais de 48 horas, podem ser examinadas amostras das fezes, procurando a presença de glóbulos brancos e de bactérias, vírus ou parasitas. A análise dos vómitos, dos alimentos ou do sangue também pode ajudar a identificar a causa.
Se os sintomas persistirem mais do que alguns dias, o médico pode ter de examinar o intestino grosso com um colonoscópio (tubo flexível de visualização) para descartar uma colite ulcerosa ou uma disenteria amebiana (amebíase).
Tratamento
Normalmente, o único tratamento necessário para a gastrenterite é a ingestão adequada de líquidos. Até uma pessoa que esteja a vomitar deve tomar pequenos goles de líquido para corrigir a desidratação, o que por sua vez pode ajudar os vómitos a pararem. Se estes se prolongarem ou o indivíduo se desidratar gravemente, pode ser necessário administrar os líquidos por via endovenosa. Dado que as crianças se desidratam com maior facilidade, devem ingerir líquidos com o equilíbrio apropriado de sais e de açúcares. Qualquer dos solutos de reidratação comercialmente disponíveis é satisfatório.
No entanto, os líquidos que normalmente são administrados, como as bebidas carbonatadas, o chá, as bebidas consumidas por desportistas e os sumos de frutas, não são apropriados para as crianças com diarreia. Se os vómitos forem intensos, o médico pode administrar uma injecção ou prescrever supositórios.
À medida que os sintomas melhoram, o doente pode incluir na dieta, gradualmente, comidas moles, como cereais cozinhados, bananas, arroz, compota de maçã e pão torrado. Se a modificação da dieta não interromper a diarreia depois de 12 a 24 horas e se não houver sangue nas fezes que indique uma infecção bacteriana mais importante, podem ser administrados fármacos como difenoxilato, loperamida ou subsalicilato de bismuto.
Como os antibióticos podem provocar diarreia e favorecer o crescimento de organismos resistentes aos mesmos, raramente é apropriado o seu uso, mesmo no caso de ser uma bactéria conhecida que esteja a causar a gastrenterite.
No entanto, os antibióticos podem ser usados quando os causadores são determinadas bactérias como o Campylobacter, Shigellae o Vibrio colerae.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Colite associada ao uso de antibióticos


A colite associada ao uso de antibióticos consiste numa inflamação do intestino grosso, consequência do uso destes.
Muitos antibióticos alteram o equilíbrio entre os diferentes tipos de bactérias no intestino ou na quantidade dos mesmos, permitindo que algumas bactérias causadoras de doenças se possam multiplicar.  A bactéria que causa problemas com maior frequência é o Clostridium difficile, que produz duas toxinas que podem danificar a mucosa do intestino grosso.
Entre os antibióticos com maior incidência nestes problemas, cabe destacar a clindamicina, a ampicilina e as cefalosporinas, como a cefalotina. Outros podem ser as penicilinas, a eritromicina, o trimetroprim-sulfametoxazol, o cloranfenicol e as tetraciclinas. O hipercrescimento do Clostridium difficile pode ocorrer quando qualquer destes antibióticos é administrado por via oral ou por injecção. O risco aumenta com a idade, embora os adultos jovens e as crianças também possam ser afectados.
Em casos ligeiros, a mucosa intestinal pode inflamar-se apenas levemente. Nas colites graves a inflamação é extensa e a mucosa ulcera-se.
Sintomas
Os sintomas começam habitualmente enquanto a pessoa está a tomar os antibióticos. No entanto, em 75 % dos pacientes os sintomas surgem entre 1 e 10 dias depois da suspensão do tratamento e em algumas pessoas até depois de 6 semanas.
Tipicamente os sintomas variam entre uma diarreia ligeira ou então uma diarreia com sangue, com dor abdominal e febre. Os casos mais graves podem provocar a morte da pessoa por desidratação, hipotensão, megacólon tóxico e perfuração do intestino delgado.
Diagnóstico
O médico diagnostica a colite ao observar o cólon inflamado mediante um sigmoidoscópio (tubo rígido flexível para o exame do cólon sigmóide).  Se a porção intestinal afectada não estiver ao alcance do sigmoidoscópio, pode ser utilizado um colonoscópio (um tubo flexível mais comprido, que permite visualizar todo o intestino grosso).
O diagnóstico de colite associada a antibióticos é confirmado quando se identifica o Clostridium difficile numa cultura de laboratório a partir duma amostra de matéria fecal ou então se for detectada a sua toxina. Esta toxina pode ser detectada em 20 % dos casos ligeiros e em mais de 90 % dos casos graves de colite associada a antibióticos.
Os testes de laboratório podem detectar um elevado número de glóbulos brancos no sangue durante os ataques graves.
Tratamento
Se a pessoa com uma colite associada a antibióticos tiver uma diarreia grave enquanto estiver a tomar os antibióticos, estes devem ser imediatamente interrompidos, a menos que sejam essenciais. Os fármacos que retardam o movimento intestinal, como o difenoxilato, costumam ser evitados porque podem prolongar a doença ao alargar o tempo de contacto da toxina responsável com a parede do cólon. A diarreia provocada por antibióticos normalmente pára por si só ao fim de 10 ou 12 dias depois de terem sido suspensos tais antibióticos. Quando isto acontece, não é necessário nenhum outro tratamento. No entanto, se os sintomas ligeiros persistirem, a colestiramina pode ser útil provavelmente porque se liga à toxina.
Na maioria dos casos graves de colite associada a antibióticos, o metronidazol é eficaz contra o Clostridium difficile. O antibiótico vancomicina está reservado para os casos mais graves ou resistentes.
Os sintomas recidivam em mais de 20 % dos doentes e isto faz com que seja necessário um novo tratamento. Quando a diarreia reaparece repetidamente, pode ser necessário um tratamento prolongado com antibióticos. Algumas destas pessoas são tratadas com preparados de lactobacilos administrados por via oral, ou bacteróides por via rectal, com o fim de restabelecer a flora bacteriana normal do intestino. No entanto, estes tratamentos não se aplicam de forma rotineira.
Em casos excepcionais, a colite associada a antibióticos é de curso agudo e fulminante, pelo que o paciente deve ser hospitalizado para receber líquidos endovenosos, electrólitos e sangue. Nestes casos, para salvar a vida destas pessoas, por vezes é necessário fazer uma ileostomia temporária (uma ligação entre o intestino delgado e o exterior através duma abertura na parede abdominal, o que evita que as fezes passem pelo cólon) ou a extirpação cirúrgica de todo o intestino grosso.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

É tempo de viroses...



Nesta época do ano é mais comum a incidência de infecções intestinais e estomacais. Veja como evitá-las


Com as altas temperaturas, ficamos vulneráveis aos vírus que são experts em comprometer a nossa saúde. Dentre as doenças mais frequentes no verão destaca-se a temida virose gastrointestinal, ocasionada por vírus que estão em constantes mutações e fazem mal ao trato digestivo, causando diarreia e enjoo.
Segundo a médica clínica-geral do Município de Pato Branco, Cleci Inês Chiamulera Borsatti, esse tipo de doença também vem, geralmente, "acompanhada de dores no corpo, febre, calafrios, além de comprometer o estado geral do paciente, sobretudo com desidratação, fazendo com que ele perca muito a resistência e fique muito abatido", descreveu.
Atendimentos
Conforme Cleci, nesse período aproximadamente 30% dos atendimentos prestados nas unidades básicas de saúde do município são relacionados às viroses. Ela disse também que a doença acomete, em sua maioria, mais crianças e idosos, embora os adultos também sofram. "O adulto vem quando está muito abatido, senão fica em casa mesmo", revelou.
Com relação à diferença da virose entre crianças e adultos, a médica disse que geralmente nas crianças é mais grave, "porque a criança reclama menos e, quando percebemos, o problema já está mais sério. No idoso também é a mesma coisa, porque ele se desidrata mais fácil. O adulto, como tem mais resistência e imunidade mais alta, já não é tão preocupante", complementou.
Cuidados
A doutora orienta que, ao apresentar algum dos sintomas da virose, deve ser procuradaorientação médica, bem como tomar alguns cuidados. "Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem no período entre 5 e 7 dias. Mas, para isso, é preciso que a pessoa procureatendimento médico, para fazer um acompanhamento, a fim de verificar se não há outras questões associadas, além de boa alimentação e hidratação", orientou.
Ela ainda complementou: "Contudo, se a pessoa está meio debilitada e não come ou bebe direito, aí piora muito, podendo evoluir para algo mais grave, inclusive até a morte. Ou seja, há medicação, porém só ela não resolve se não houver cuidados", alertou.
Soro caseiro
Segundo Cleci, o soro caseiro também é muito importante em relação às viroses. "Para a hidratação ele é fundamental, bem como o consumo de água de coco, água e chás", frisou. Ela disse também que o soro deve ser tomado aos poucos, durante o dia. "O segredo é tomar pouco, mas seguido. Não tomar dessa mistura em uma hora só. Aos golinhos, em pouco espaço de tempo. Além disso, quando tem diarreia, após cada evacuação é necessário tomar água. Isso vale também para o vômito", lembrou a médica que também ensina como fazer o soro caseiro: "Para fazer o soro caseiro é necessário um litro de água fervida, uma colherinha de sal e uma colher de sopa de açúcar. Essa mistura deverá ser tomada durante o dia", ensinou.
Prevenção
A médica também disse que há condições para prevenir a virose. "Isso pode ser evitado tanto com a ingestão constante de água, como também evitando ambientes fechados, não manuseando alimentos sem a higiene devida, protegendo-se do sol", explicou.
Ela ainda lembra que a água deve ser tratada ou fervida. "É importante, principalmente na zona rural, que as pessoas cuidem quanto à qualidade da água. Normalmente no interior, a água vem de poços e fontes, não sendo tratada. Então, por isso, é fundamental que ela seja fervida antes do consumo".
Cleci também faz uma observação quanto aos alimentos que devem ser ingeridos nesta época do ano, evitando as viroses. "As pessoas devem evitar alimentos gordurosos, como frituras, enlatados, salgadinhos e doces, dando espaço para o consumo de frutas, verduras e legumes, que nunca são demais", finalizou.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Cocô de Bebê se cria salsichas saudáveis


É com cocô de Bebêbsa que se cria salsichas saudáveis

Grupo de cientistas espanhóis descobrem bactéria que torna salsichas igualmente saborosas



Equipa espanhola está a tentar criar salsichas saudáveis com um ingrediente secreto. Através de bactérias probióticas, microorganismos benéficos à saúde do hospedeiro, resultantes de cocó de bebé, os cientistas criaram um «fuet» saudável.

Em explicações ao jornal AS, os responsáveis disseram que «As bactérias de cocó de bebé podem ajudar a fazer salsichas deliciosas, o que transforma carnes salgadas em alimentos saudáveis, como iogurtes probióticos. Vamos tentar ignorar como é estranho ler as palavras «cocó de bebé» e «delicioso» juntos na mesma frase».

A sashicha foi dada a um grupo de indivíduos que disseram que a mesma sabia exatamente como uma «fuet», a salsicha espanhola, apenas com menos sal e gordura.

Os cientistas afirmaram ainda que a ideia inicial não seria esta, mas apenas encontrar a bactéria. Ainda assim «isto faz-me sentir muito melhor» afirmou um. Os alimentos Probíoticos distinguem-se no mercado por ajudar a queimar a gordura da barriga, aliviar problemas de estômago e depressão

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Urgências Gastrointestinais


Certas afecções gastrointestinais podem ameaçar a vida e necessitam em alguns casos de tratamento cirúrgico de urgência. Estas perturbações incluem a hemorragia gastrointestinal, a obstrução mecânica do tracto gastrointestinal, o íleo (suspensão temporária dos movimentos contrácteis normais do intestino), a apendicite (inflamação do apêndice) e a peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal).



Onde e porque é que surge a hemorragia gastrointestinal
OndePorquê
EsófagoRotura do tecido.
Hemorragia de veias varicosas.
Cancro.
EstômagoÚlcera cancerosa ou não cancerosa.
Irritação (gastrite), devido à aspirina ou ao Helicobacter pylori.
Intestino delgadoÚlcera duodenal não cancerosa.
Tumor canceroso ou não cancerosa.
Intestino grossoCancro.
Pólipo não canceroso.
Doença inflamatória do intestino (doença de Crohn ou colite ulcerosa).
Doença diverticular.
Vasos sanguíneos anormais na parede intestinal (angiodisplasia).
RectoCancro.
Tumor não canceroso.
ÂnusHemorróidas.
Fenda no ânus (fissura anal).

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Hemorragia gastrointestinal


A hemorragia pode ocorrer em qualquer sítio ao longo do tubo digestivo (gastrointestinal), desde a boca até ao ânus. Manifesta-se como sangue nas fezes ou nos vómitos, ou pode não ser evidente (sangue oculto) e ser detectada apenas mediante testes diagnósticos. A hemorragia em qualquer ponto do tracto gastrointestinal pode ser de maior gravidade se existir, além disso, uma perturbação da coagulação.
Sintomas
Os sintomas possíveis incluem vómitos de sangue (hematemese), evacuação de fezes de coloração negro-alcatrão (melena) e perda evidente de sangue pelo recto (rectorragia). As fezes de cor negra são o resultado duma hemorragia na parte alta do tubo digestivo (por exemplo, no estômago ou no duodeno; a cor negra deve-se à exposição do sangue ao ácido gástrico e à sua digestão pelas bactérias durante várias horas antes de abandonar o corpo). Cerca de 60 ml de sangue podem tornar as fezes cor de alcatrão. Um episódio de hemorragia intensa e única pode produzir fezes negrasdurante uma semana, pelo que a evacuação contínua de fezes com estas características não é necessariamente indício duma hemorragia persistente.
As pessoas com hemorragias de longa evolução podem ter sintomas de anemia, como cansar-se com facilidade, palidez anormal, dor no peito e tonturas. Em pessoas que não tenham estes sintomas, pode ser detectada uma diminuição significativa da tensão arterial quando se baixam.
Os sintomas que indicam uma perda de sangue significativa são um pulso acelerado, uma tensão arterial baixa e uma diminuição da quantidade de urina. O doente pode ter as mãos e os pés frios e húmidos. A redução do fornecimento de sangue ao cérebro, provocada pela perda daquele, pode provocar confusão, desorientação, sonolência e, até, choque.
Os sintomas duma hemorragia significativa podem ser muito variáveis, em função de alguma outra doença de que a pessoa possa sofrer. Por exemplo, uma pessoa com problemas das artérias coronárias pode manifestar repentinamente angina (dor no peito) ou sintomas dum ataque cardíaco. Num indivíduo com uma hemorragia gastrointestinal abundante, podem piorar os sintomas de outras doenças (como a insuficiência cardíaca, a hipertensão arterial, a doença pulmonar e a insuficiência renal). Nos que sofrem do fígado, a hemorragia no intestino pode provocar uma acumulação de toxinas que, por sua vez, provocam sintomas como alterações da personalidade, da consciência e da capacidade mental (encefalopatia hepática). 
Diagnóstico
Depois duma hemorragia importante, a medição do hematócrito (um tipo de análise de sangue) mostra geralmente uma baixa concentração de glóbulos vermelhos. O conhecimento dos sintomas responsáveis de um episódio de hemorragia pode ajudar o médico a determinar a causa do mesmo. A dor abdominal que é aliviada com a comida ou com antiácidos sugere uma úlcera péptica; no entanto, as hemorragias das úlceras muitas vezes não são acompanhadas de dor. Os fármacos que podem danificar o revestimento gástrico, como a aspirina, podem provocar hemorragias no estômago, com aparecimento de sangue nas fezes.
Uma pessoa com uma hemorragia gastrointestinal, que tenha perdido o apetite e que perca peso sem razões aparentes é examinada com o fim de detectar a presença dum cancro. Da mesma forma, se alguém tiver dificuldades em engolir, deve ser examinado em busca dum cancro do esófago ou dum estreitamento do mesmo. Os vómitos e os espasmos intensos antes duma hemorragia sugerem uma rotura no esófago, mas cerca de metade das pessoas com esta lesão não vomita antecipadamente. A prisão de ventre ou a diarreia juntamente com a hemorragia ou a presença de sangue oculto nas fezes podem ser consequência dum cancro ou dum pólipo na parte baixa do intestino, particularmente nos que têm mais de 45 anos. O sangue fresco em cima das fezes pode ser provocado por hemorróidas ou por um problema no recto, como um cancro.
O médico examina o doente em busca de indícios que o conduzam à origem da hemorragia. Por exemplo, durante uma exploração do recto procuram-se hemorróidas, fendas no recto (fissuras) e tumores. Posteriormente escolhem-se os testes conforme se suspeita que a hemorragia procede da parte alta do tubo digestivo (esófago, estômago e duodeno) ou da parte baixa (porção inferior do intestino delgado, intestino grosso, recto e ânus).
A suspeita de problemas na parte alta do tracto gastrointestinal investiga-se normalmente introduzindo primeiro uma sonda pelo nariz até ao estômago e extraindo líquido. O líquido gástrico, que se assemelha à borra de café, é causado pela digestão parcial do sangue, o que indica que a hemorragia é escassa ou que estancou. O sangue vermelho e brilhante indica uma hemorragia activa e intensa. Em seguida, o médico utiliza um endoscópio flexível (um tubo de visualização)  para examinar o esófago, o estômago e o duodeno em busca da causa da hemorragia. Se não se encontrar uma gastrite ou uma úlcera no estômago ou no duodeno, pode-se fazer uma biopsia (obtenção duma amostra de tecido para ser examinada ao microscópio). Esta pode confirmar se a hemorragia é consequência duma infecção porHelicobacter pylori. Se assim for, instaura-se um tratamento com antibióticos e normalmente a infecção cura-se.
Na parte baixa do tracto gastrointestinal procuram-se pólipos e cancros mediante radiografias, depois da administração dum clister de bário  ou então utilizando um endoscópio. O médico pode observar directamente a porção inferior do intestino com um anuscópio, um sigmoidoscópio flexível ou um colonoscópio.
Se estas investigações não esclarecerem a origem da hemorragia, pode-se fazer uma angiografia (radiografias depois da injecção duma substância radiopaca) ou uma gamagrafia depois da injecção de glóbulos vermelhos marcados com uma substância radioactiva. Estas técnicas são especialmente úteis para saber se a origem da hemorragia é consequência duma malformação dos vasos sanguíneos.
Tratamento
Em mais de 80 % das pessoas com hemorragia gastrointestinal, as próprias defesas do corpo detêm-na. As pessoas que continuam a sangrar ou que têm sintomas duma perda significativa de sangue muitas vezes são hospitalizadas e, normalmente, numa unidade de cuidados intensivos.
No caso de grande perda de sangue, pode ser necessária uma transfusão. Podem ser utilizados concentrados de eritrócitos em vez do sangue total, evitando sobrecarregar a circulação sanguínea com um excesso de líquidos. Uma vez recuperado o volume de sangue, o paciente é rigorosamente vigiado para o caso de surgirem sinais de novas hemorragias, como um aumento da frequência cardíaca, uma diminuição da tensão arterial ou uma perda de sangue pela boca ou pelo ânus.
A hemorragia a partir das veias varicosas da porção inferior do esófago (veias esofágicas) pode ser tratada de várias formas. Pode-se introduzir um cateter com um globo insuflável pela boca até ao esófago e insuflá-lo para exercer pressão sobre a área sangrante. Outro método consiste em injectar no vaso sangrante uma substância química irritante que provoque a inflamação e cicatrização das veias.
A hemorragia gástrica pode muitas vezes ser detida através de manobras feitas com um endoscópio. Tais manobras consistem na cauterização do vaso sangrante pela corrente eléctrica ou na injecção dum produto que provoca a coagulação no interior dos vasos sanguíneos. Se estes procedimentos falharem, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.
A hemorragia procedente da parte baixa do intestino não costuma precisar de tratamento de urgência. No entanto, no caso de ser necessário, faz-se uma endoscopia ou uma cirurgia abdominal. Por vezes, neste último caso, o ponto da hemorragia não pode ser localizado com precisão e tem de se extirpar um segmento do intestino.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Doenças do ânus e do recto


O ânus é a abertura existente na extremidade do tracto gastrointestinal por onde os materiais residuais (dejecções, fezes) abandonam o organismo. O recto é a secção do tracto gastrointestinal acima do ânus, onde as fezes são retidas antes de serem expulsas do organismo através do ânus.
O revestimento mucoso do recto é composto por um tecido brilhante (duma cor laranja-torrada) que contém glândulas mucosas, muito semelhante ao revestimento mucoso do resto do intestino. O ânus é formado em parte pela pele e em parte pelo revestimento intestinal. A mucosa do recto é relativamente insensível à dor, mas os nervos do ânus e da pele adjacente são muito sensíveis. As veias do ânus drenam para a veia porta, que vai ao fígado, e para a grande circulação. Os vasos linfáticos do recto drenam para o intestino grosso e os do ânus para os gânglios linfáticos da virilha.
Um anel muscular (esfíncter anal) mantém o ânus fechado. Este é controlado de forma inconsciente pelo sistema nervoso autónomo; no entanto, a sua porção inferior pode relaxar-se ou contrair-se voluntariamente.
Para diagnosticar as perturbações do ânus e do recto, inspecciona-se a pele em redor do ânus, procurando qualquer anomalia. Com o dedo, o médico palpa, por dentro, o recto no homem ou o recto e a vagina na mulher. Depois, observa o ânus e o recto, por dentro, com um tubo de visualização rígido e curto (anuscópio). Também pode usar um tubo rígido de 15 cm a 25 cm de comprimento (rectoscópio). Em seguida pode introduzir um sigmoidoscópio, que é um tubo comprido e flexível, com o fim de observar o intestino grosso até uma distância de 60 cm, a partir do ânus. Se a área anal ou os seus arredores forem dolorosos, pode ser administrado um anestésico local, regional ou até geral antes da sigmoidoscopia (exame com um sigmoidoscópio). Por vezes, faz-se um clister de limpeza antes da sigmoidoscopia. Durante o exame podem ser obtidas amostras de tecido e de secreções para serem examinadas ao microscópio. Outro estudo que se pode fazer é um exame radiológico com papa de bário.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Síndromas da má absorção


As síndromas de má absorção são afecções que se desenvolvem porque os nutrientes dos alimentos no intestino delgado não são adequadamente absorvidos e não passam para a corrente sanguínea.
Normalmente, os alimentos são digeridos e os nutrientes são absorvidos pela corrente sanguínea, principalmente a partir do intestino delgado. A má absorção pode ocorrer quer por uma perturbação que interfere com a digestão dos alimentos, quer porque ela interfere directamente com a absorção dos nutrientes.
As perturbações que impedem uma adequada emulsão dos alimentos com o suco gástrico e com os enzimas digestivos podem interferir com a digestão. Tal emulsão inadequada pode acontecer numa pessoa a quem se extirpou cirurgicamente parte do estômago. Em algumas afecções, o corpo produz uma escassa quantidade ou tipos inadequados de enzimas ou de bílis, os quais são necessários para o fraccionamento dos alimentos. Estas afecções consistem em pancreatite, fibrose quística, obstrução das vias biliares e uma deficiência de lactase. A digestão também pode ser dificultada se houver um excesso de ácido no estômago ou se tiverem proliferado demasiadas bactérias não habituais no intestino.
As afecções que lesam o revestimento intestinal podem interferir com a absorção. As infecções, os fármacos, como a neomicina, o álcool, a doença celíaca e a doença de Crohn podem lesar o revestimento intestinal. A mucosa intestinalnormal é composta por pregas, pequenas projecções chamadas vilosidades e projecções ainda mais finas e pequenas chamadas microvilosidades. Estas últimas criam uma enorme superfície de absorção. Se esta área for reduzida, a absorção também diminuirá. Obviamente, a extirpação cirúrgica duma porção intestinal reduz a área de superfície. Também diminuem a absorção as afecções que impedem que as substâncias atravessem a parede intestinal e passem para a corrente sanguínea (como o bloqueio dos vasos linfáticos por um linfoma ou por uma deficiência do fluxo de sangue para o intestino).
Sintomas
As pessoas com má absorção normalmente perdem peso. Se as gorduras não forem adequadamente absorvidas, as fezes podem ter uma cor clara e ser moles, volumosas e fétidas (denominam-se fezes esteatorreicas). As fezes podem ficar agarradas à sanita ou até flutuar, dificultando que sejam arrastadas com a água. A esteatorreia é consequência de qualquer perturbação que interfira com a absorção das gorduras, como uma redução do fluxo biliar, a doença celíaca ou diarreia tropical.
A má absorção pode provocar deficiência de todos os nutrientes ou então, selectivamente, de algum deles, como proteínas, gorduras, vitaminas ou minerais. Os sintomas variam conforme o défice específico. Por exemplo, as pessoas com uma deficiência do enzima lactase podem sofrer de diarreias muito agudas, distensão abdominal e flatulência depois de beber leite.
Outros sintomas dependem da afecção causadora da má absorção. Por exemplo, a obstrução do canal biliar comum pode causar icterícia e uma deficiência do fornecimento de sangue ao intestino pode provocar dor abdominal depois das refeições.
Diagnóstico
Os médicos suspeitam duma má absorção quando uma pessoa perde peso, tem diarreia e mostra deficiências nutricionais apesar de comer adequadamente. A perda de peso por si só pode ter outras causas.
As análises de laboratório contribuem para confirmar o diagnóstico. Os testes que medem directamente a gordura nas amostras de matéria fecal recolhidas ao longo de 3 ou 4 dias são os mais fiáveis para diagnosticar uma má absorção de gorduras. A detecção dum excesso de gordura faz com que o diagnóstico seja muito provável. Outros testes podem detectar uma má absorção específica doutras substâncias, como a lactose ou a vitamina B12.
As amostras de fezes são examinadas à vista desarmada e ao microscópio. A presença de fragmentos de comida não digerida pode significar que a comida passa pelo intestino com demasiada rapidez. Tais fragmentos podem também indicar a presença duma passagem intestinal anatomicamente anormal, como uma ligação directa entre o estômago e o intestino grosso (fístula gastrocólica), que evita que os alimentos passem pelo intestino delgado. Num doente com icterícia, as fezes com um excesso de gordura podem indicar problemas no sistema biliar. Nas pessoas com icterícia e com um excesso de gordura nas fezes, o médico procura de modo específico um cancro do pâncreas ou das vias biliares. A visualização ao microscópio de gotas de gordura e de fibras de carne não digeridas indica uma disfunção do pâncreas. Ao microscópio procura-se também a presença de parasitas ou dos seus ovos (achado que sugere má absorção provocada por uma infecção por parasitas).
As radiografias simples ao abdómen não contribuem para o diagnóstico, mas às vezes indicam possíveis causas da má absorção. As radiografias que se fazem depois de o doente ingerir bário (Ver secção 9, capítulo 100podem evidenciar um padrão de distribuição anormal do bário no intestino delgado, característico duma má absorção, mas estas técnicas radiológicas não oferecem informação acerca da sua causa.
Pode ser necessário fazer uma biopsia (obtenção duma amostra de tecido para ser examinada) com o fim de detectar anomalias no intestino delgado. A biopsia é feita por meio dum endoscópio (um tubo flexível de visualização) (Ver secção 9, capítulo 100ou com um tubo delgado que leva acoplado um pequeno instrumento cortante na sua extremidade. A amostra é examinada ao microscópio e também pode ser analisada a sua actividade enzimática.
Muitas vezes fazem-se provas de função pancreática porque a disfunção deste órgão é uma causa habitual de má absorção. Numa das provas, a pessoa submete-se a uma dieta especial. Noutra, leva uma injecção da hormona secretina. Em ambas as provas são recolhidos em seguida, com uma sonda, os sucos intestinais que contêm secreções pancreáticas para proceder à sua medição.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Perturbações do Trânsito Intestinal

O funcionamento do intestino varia muito não só de pessoa para pessoa, mas também num 

mesmo indivíduo em diferentes momentos. Pode ser afectado pela dieta, pelo stress, pelos 

fármacos, pelas doenças e até pelos padrões sociais e culturais. Na maioria das sociedades

 ocidentais, o número normal de evacuações varia entre duas e três por semana até duas a

 três por dia. As alterações na frequência, consistência ou volume das evacuações ou a 

presença de sangue, muco, pus ou um excesso de matéria gorda nas fezes podem indicar 

uma doença.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Alerta: observar as fezes previne problemas de saúde

O aspecto visual dá sinais

Analisar as fezes não é uma proposta muito atraente. Nem mesmo uma tarefa fácil. Itens como consistência, cor, odor, formato, frequência em que ocorre, se há sangue misturado e se boia ou afunda na água devem ser observados. Olhar as fezes é indispensável porque indica como está a alimentação e o resultado do processo digestivo. 

A consistência das fezes evidencia o tempo que demorou a evacuação. Se o período foi longo, ficam ressecadas e escurecidas. O ideal é que seja pastosa e moldável, de forma que não machuque o canal do ânus. A cor geralmente é um marrom de diferentes tons, dependendo do alimento ingerido, da quantidade de bile produzida pelo fígado que digere as gorduras e de alguma doença, de acordo com o cirurgião gástrico e proctologista Dr. Sidney Klajner, do Hospital Albert Einstein para o siteMinha Vida.
O odor é sempre ruim, podendo variar a intensidade de acordo com o alimento. Odores fortes podem indicar infecções ou inflamações. O formato não indica algum tipo de doença, precisa haver uma associação entre cor e consistência. No geral são cilíndricas e alongadas. 
A quantidade de fibras ingeridas vai influenciar na frequência de evacuação. Como referência, a frequência ideal fica entre três vezes ao dia ou até uma vez a cada três dias. Embora algumas pessoas normais não estejam dentro deste padrão.
Fezes saudáveis geralmente afundam na água devido a sua constituição fecal constituída por bactérias da flora, fibras e água. Se o teor de gordura nas fezes for grande, ela deve boiar. 
Fezes com sangue não é comum ocorrer. Mas, caso ocorra, a causa precisa ser investigada por um médico proctologista, pois pode ser desde um problema de fácil resolução como algo mais grave, inclusive presença de um tumor.
A atitude preventiva é a melhor solução, deve-se ficar atento aos sinais e, em qualquer suspeita, procurar um médico para avaliação mais detalhada e possível tratamento.