quinta-feira, 7 de julho de 2016

DIAGNÓSTICO DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

A utilização dos critérios de Roma III é suficiente para o diagnóstico da constipação intestinal na maioria dos casos. Porém, o médico precisa estar atento para alguns sinais que podem indicar que a prisão de ventre é um sintoma de alguma outra doença, como distúrbios metabólicos ou um tumor do do intestino. Nestes casos, não basta diagnosticar a constipação, é preciso identificar a sua causa.
Em pessoas jovens e saudáveis, principalmente mulheres, e sem nenhuma outra queixa ou achado ao exame físico, não é preciso fazer nenhuma grande investigação. Em geral, medidas simples, como reeducação alimentar, aumento do consumo de fibras, consumir mais água e praticar exercícios ajudam no controle da prisão de ventre. Por outro lado, em pessoas com mais de 50 anos, a existência de perda de peso involuntária, anemia, sangramento nas fezes, início súbito da constipação, alternância de diarreia com constipação, etc., costuma ser um sinal que possa haver algo por trás da prisão de ventre.
Para a investigação da constipação, além do toque retal, o médico pode solicitar uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, que são exames que permitem a visualização do interior do cólon e do reto, à procura de lesões que possam ser a origem da prisão de ventre. 
A avaliação do funcionamento do músculo do esfíncter anal pode ser feita através da manometria anorretal. Neste procedimento, o médico insere um fino tubo flexível no reto e, em seguida, infla um pequeno balão na ponta do tubo. Este procedimento permite aferir a coordenação dos músculos ao redor do ânus no momento da evacuação, de forma a esclarecer se a dificuldade para defecar é devido à alguma fraqueza ou incoordenação da musculatura.
O estudo de trânsito no cólon é um procedimento feito para avaliar a velocidade do trânsito intestinal. Neste estudo o paciente engole uma cápsula contendo 24 marcadores que se dispersam ao longo dos intestinos e podem ser identificados através de radiografias simples do abdômen. O paciente após 6 dias faz uma radiografia do abdômen para saber quantos marcadores ainda estão presentes e quantos já foram eliminados. A identificação de pelo menos 5 marcadores presentes no cólon após os 6 dias é um sinal de lentificação do trânsito intestinal.

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