sexta-feira, 15 de julho de 2016

Cirurgia para Fissura Anal

A cirurgia é geralmente reservada para pacientes com fissura anal que tentaram tratamento clínico por pelo menos um a três meses sem sucesso. O procedimento de escolha é chamado esfincterotomia lateral interna, uma pequena incisão capaz de provocar o relaxamento do esfíncter anal. A cirurgia é bem simples e o paciente na maioria das vezes volta para casa no mesmo dia, podendo retornas às atividades normais dentro de uma semana.
A principal preocupação com a cirurgia é o desenvolvimento da incontinência anal, que pode incluir incapacidade de controlar a saída de gases intestinais, escape fecal leve ou mesmo perda de fezes sólidas. Algum grau de vazamento das fezes pode ocorrer em até 45% dos pacientes durante os primeiros dias de pós-operatório. No entanto, essa incontinência pós-cirúrgica raramente é permanente.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Tratamento da Fissura Anal

O tratamento da fissura anal visa o controle da dor e a cicatrização da laceração. Nos casos de fissuras anais pequenas, a cura geralmente ocorre de modo espontâneo após alguns dias, mas o tratamento médico pode acelerar este processo além de aliviar a dor.
O tratamento inicial pode ser caseiro, com banhos de assento com água morna três vezes por dia, aumento da ingestão de fibras e uso de laxantes para diminuir a rigidez das fezes.
Existem algumas pomadas para fissura anal que podem ser usadas. Pomadas à base de nitroglicerina ou nifedipina ajudam a dilatar os vasos anais, aumentando o aporte de sangue e oxigênio para a região da fissura, o que favorece sua cicatrização. A nitroglicerina também ajuda a relaxar o esfincter anal, diminuindo o esgarçamento da fissura e facilitando o ato de evacuar. As aplicações de nitroglicerina podem causar dores de cabeça e tonturas como efeito colateral. Os pacientes devem evitar o uso de medicações para impotência, como viagra, durante o tratamento com nitroglicerina 
Pomadas com anestésicos também podem ser usadas antes de cada evacuação para reduzir a dor, mas estas, sozinhas, não ajudam na cicatrização
Cerca de 90% das fissuras no ânus cicatrizam com medidas conservadoras, como as descritas acima.
Nos casos que não melhoram pode-se tentar o uso da toxina botulínica (Botox), que ajuda a relaxar o esfincter anal, reduzindo o estiramento da fissura . O Botox pode causar como efeito secundário a perda temporária da continência fecal, podendo haver pequenas perdas de fezes durante 2 ou 3 meses, tempo de ação da toxina.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Sintomas da fissura anal

As fissuras anais costumam surgir no tecido que reveste o ânus e o canal anal, uma mucosa chamada anoderma. Ao contrário da pele, o anoderma não tem pêlos, glândulas sudoríparas nem glândulas sebáceas. Por outro lado, esta região é riquíssima em nervos responsáveis pela transmissão das sensações de tato e dor, o que explica por que as fissuras anais são tão dolorosas.
A fissura anal tem a aparência de um corte ou laceração na região do ânus. Se você imaginar o ânus como um relógio de ponteiros, com o paciente deitado de barriga para cima, as fissuras costumam ser uma laceração na direção vertical, que ocorre às 6h ou às 12h. Fissuras fora desta localização(perto do ânus) costumam ser causadas por alguma outra doença.
O principal sintoma da fissura anal é a dor ao evacuar, que costuma ser muito intensa e pode durar por algumas horas após o fim da evacuação. A dor é tão forte que o paciente começa a ter medo de evacuar, o que pode piorar a constipação intestinal e tornar as fezes ainda mais duras e volumosas. Em 70% dos casos também ocorrem sangramentos após a evacuação, que costumam ser de pequena quantidade. Podem haver pequenas gotas de sangue no vaso sanitário, mas o mais comum é o sangramento apenas sujar o papel higiênico. A fissura anal também pode provocar coceira e sensação de irritação na região anal.
A fissura no ânus pode ter sintomas muito parecidos com os das hemorroidas, porém o sangramento da fissura costuma ser menor e a dor mais intensa . De qualquer modo, o especialista para ambas as lesões é o proctologista, que através do exame da região anal saberá facilmente diagnosticar a causa da sua dor. Na maioria dos casos não é preciso realizar toque retal para diagnosticar uma fissura anal.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Como surgem as fissuras anais?

A maioria das fissuras anais surgem após um trauma, geralmente um esgarçamento do ânus. A causa mais comum são fezes volumosas e endurecidas, que provocam um estiramento além do limite da mucosa anal durante a evacuação. Outras causas são o sexo anal ou introdução de objetos de grande diâmetro pelo ânus. Diarreia prolongada pode causar irritação e lesão da mucosa anal , facilitando o surgimento de fissuras. Paciente com antecedentes de outras lesões no ânus, como hemorroidas ou fístulas anais também apresentam maior risco. Mulheres podem desenvolver fissuras após um parto normal.
A fissura anal ocorre habitualmente em pessoas sem outros problemas de saúde, mas pode ser também uma complicação de algumas doenças, como tuberculose anorretal , Doença de Crohn ou leucemia 
O grande problema da fissura anal é o fato dela ser um processo de agressão cíclica. A lesão da musosa faz com que o esfincter do ânus involuntariamente sofra um espasmo, impedindo que o mesmo relaxe. Essa contração do ânus provoca mais esgarçamento da fissura, dificultado a cicatrização da ferida. O espasmo anal, associado à dor ao evacuar, agrava a prisão de ventre. Quando o paciente finalmente consegue evacuar, as fezes estão volumosas e ressecadas e precisam vencer a resistência de um ânus, que tem dificuldade em relaxar. Tudo isso provoca ainda mais lesão da mucosa e perpetuação da fissura no ânus. Os pacientes que entram neste ciclo vicioso costumam desenvolver fissuras anais crônicas, pois o espasmo anal prolongado, além de facilitar o trauma repetitivo, ainda causa compressão dos vasos sanguíneos que irrigam a região do ânus, provocando uma isquemia desta região. As fissuras anais crônicas são aquelas que duram mais de 6 semanas e não cicatrizam sem tratamento médico.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

FISSURA ANAL

A fissura anal é um pequeno rasgo na pele ao redor do ânus, que pode surgir após traumas, como a passagem de fezes duras e/ou grandes durante uma evacuação. A fissura anal costuma ocorrer em pessoas de meia idade, mas também é uma causa comum de sangramento retal em bebês.

domingo, 10 de julho de 2016

O QUE É A PRISÃO DE VENTRE

De forma simples, podemos dizer que prisão ventre é uma dificuldade para evacuar, que faz com que a pessoa fique vários dias sem conseguir ir ao banheiro. Porém, nem sempre a frequência de evacuações isoladamente é um parâmetro confiável para dizer que alguém tem constipação.
Classicamente, consideramos normal que um indivíduo evacue com frequências que variam de 3 vezes por dia até 3 vezes por semana. Portanto, seguindo essa lógica, a constipação seria diagnosticada sempre que alguém defecasse menos de 3 vezes por semana.
Todavia, uma definição tão simplista assim não funciona de forma universal. Um dos motivos é o fato da frequência de evacuações ser geralmente subestimada pelo próprio paciente. Se o indivíduo não faz um diário pessoal relatando suas evacuações, dificilmente ele consegue definir adequadamente o número de vezes que defeca durante a semana.
Outro problema é a interpretação que cada um dá ao termo constipação intestinal. Estudos feitos com pacientes que se queixam de prisão de ventre demonstraram que até 60% dos que se classificam como constipados conseguem evacuar diariamente ou quase que diariamente. Estes indivíduos, na maioria das vezes, queixam-se, na verdade, de esforço na defecação e/ou sensação de defecação incompleta. Uma evacuação de pequeno volume e com fezes em bolinhas também pode ser um sinal de pisão de ventre 
À vista disso, torna-se fácil entender por que uma definição exata do termo constipação intestinal não é tão simples quanto parece. Prisão de ventre pode ter significado diferente para pessoas diferentes. Para muitos, constipação significa simplesmente evacuações pouco frequentes ou em pouca quantidade. Para outros, constipação significa fezes duras, dificuldade para fazer as fezes passarem (frequentemente com dor e sangramento anal) ou uma sensação de esvaziamento incompleto após a evacuação.
Para padronizar o termo, um grupo formado por diversos especialistas internacionais elaborou critérios para o diagnóstico da constipação, que ficaram conhecidos como critérios de Roma III para constipação.
Portanto, o diagnóstico da constipação intestinal deve basear-se na presença, por pelo menos três meses, dos 3 seguintes critérios:
→ Critério 1: Pelo menos 1 em cada 4 evacuações deve apresentar duas das seguintes características:
  • Esforço para conseguir defecar.
  • Fezes em “bolinhas” ou endurecidas.
  • Sensação de evacuação incompleta.
  • Sensação de obstrução ou bloqueio na passagem das fezes.
  • Necessidade de manobra manual ou digital para facilitar a evacuação.
  • Menos de três evacuações por semana.
→ Critério 2: Necessidade do uso de laxantes para ter fezes amolecidas.
→ Critério 3: ausência de critérios para síndrome do intestino irritável 

sábado, 9 de julho de 2016

CAUSAS DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

A prisão de ventre ocorre sempre que o transito intestinal encontra-se lentificado, fazendo com que a fezes permaneçam por mais tempo que o necessário no intestino, o que as torna ressecadas e duras. Em geral, no paciente com queixas de constipação intestinal, o transito intestinal mostra-se normal durante a passagem das fezes no intestino delgado, mas torna-se lento ao chegar ao cólon ou na região anorretal.
As causas para essa lentificação do trânsito intestinal são diversas, variando desde situações simples, como pouca ingestão de água e dieta pobre em fibras, até casos mais graves, como tumores do intestino ou doenças neurológicas. Na maioria dos casos, a constipação não é um sinal de uma doença grave, sendo muito comum não haver uma causa claramente identificável. Esses casos de prisão de ventre crônica e sem causa aparente são classificados como constipação intestinal idiopática ou funcional.
Entre as causas possíveis de prisão de ventre, podemo citar:
  • Ingestão insuficiente de líquidos.
  • Dieta inadequada, com elevado consumo de proteína animal e carboidratos, e baixo consumo de fibras (causa muito comum de prisão de ventre).
  • Alterações na rotina diária do indivíduo, como, por exemplo, viagens.
  • Sedentarismo.
  • Imobilidade, como no caso das pessoas que ficam restritas à cama.
  • Consumo excessivo de laticínios.
  • Gravidez.
  • Estresse emocional.
  • Frequentemente não evacuar na hora que sente vontade. Isso pode ocorrer em pessoas com hemorroidas ou fissura anal, pois, como a evacuação é dolorosa, o indivíduo acaba segurando a fezes com receio de sentir dor.
  • Uso abusivo de laxantes, que a longo prazo podem enfraquecer a musculatura intestinal.
  • Alterações na musculatura pélvica.
  • Pseudo-constipação, que é o caso do paciente que refere constipação, mas, na verdade, não preenche critérios para esse diagnóstico.
Doenças orgânicas que podem provocar prisão de ventre:
  • Diabetes mellitus 
  • Hipotireoidismo 
  • Depressão 
  • Distúrbios de ansiedade.
  • Anorexia nervosa.
  • Esclerose múltipla 
  • Doença de Parkinson 
  • Lesão da medula.
  • AVC 
  • Câncer do cólon.
  • Câncer do reto.
  • Síndrome do intestino irritável.
Medicamentos que podem causar constipação intestinal:
  • Analgésicos opioides (derivados da morfina).
  • Anti-histamínicos.
  • Anti-inflamatórios.
  • Antidepressivos.
  • Antiepiléticos.
  • Antiespasmódicos.
  • Antipsicóticos.
  • Suplementos de ferro.
  • Antiácidos à base de alumínio.
  • Bário (usado em exames radiológicos).
  • Anti-hipertensivos, principalmente da classe dos inibidores dos canais de cálcio.
A prisão de ventre em mulheres jovens e saudáveis costuma não ter uma causa grave por trás e, na maioria das vezes, não necessita de uma investigação médica muito profunda. Por outro lado, a constipação intestinal em idosos deve ser avaliada com mais cuidado, pois ela pode ser o primeiro sinal de um tumor do cólon ou do reto. Os idosos também costumam ser medicados com múltiplas drogas, podendo ser uma delas a origem da sua constipação.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

SINTOMAS DA PRISÃO DE VENTRE

Os sintomas da constipação intestinal são aqueles utilizados nos critérios de Roma III. Isso significa, portanto, que você pode ter constipação mesmo sem ficar vários dias sem evacuar.
Ter fezes rígidas ou em bolinhas, ter de fazer muita força para conseguir defecar, sentir que há um bloqueio na região retal que impede a evacuação, sensação de não conseguir esvaziar completamente o seu reto e necessidade de usar as mãos ou dedos para facilitar a saída das fezes são todos sinais de prisão de ventre. Evacuar menos de 3 vezes durante a semana também é um forte indicador de constipação, mas sozinho não é suficiente para fechar o diagnóstico.
É bom destacar que se um indivíduo ficar 1, 2 ou até 3 dias sem evacuar, mas quando o fizer, as fezes forem bem moldadas, moles, úmidas e não demandem esforço algum para sair, isso não significa que ele tenha prisão de ventre. É apenas um padrão diferente de evacuação, que é perfeitamente normal.
Há um mito muito propagado nos meios de comunicação que diz que o normal é evacuar todos os dias; que não evacuar diariamente faz com que o corpo absorva as impurezas e toxinas das fezes, causando doenças, problemas de pele e envelhecimento precoce. Isso não existe. O resultado desta falsa propaganda é um consumo desnecessário, e às vezes exagerado, de laxantes por parte de indivíduos que têm um ritmo intestinal perfeitamente aceitável. E o pior, o próprio uso constante de laxantes por longos períodos pode levar à prisão de ventre. Resumindo, um paciente que não tem prisão de ventre (ou a tem de forma leve) é levado a crer que o tem constipação severa, passa a fazer uso de uma medicação que não precisa e, a longo prazo, acaba desenvolvendo ou agravando o problema que ele queria evitar desde o início.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

DIAGNÓSTICO DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

A utilização dos critérios de Roma III é suficiente para o diagnóstico da constipação intestinal na maioria dos casos. Porém, o médico precisa estar atento para alguns sinais que podem indicar que a prisão de ventre é um sintoma de alguma outra doença, como distúrbios metabólicos ou um tumor do do intestino. Nestes casos, não basta diagnosticar a constipação, é preciso identificar a sua causa.
Em pessoas jovens e saudáveis, principalmente mulheres, e sem nenhuma outra queixa ou achado ao exame físico, não é preciso fazer nenhuma grande investigação. Em geral, medidas simples, como reeducação alimentar, aumento do consumo de fibras, consumir mais água e praticar exercícios ajudam no controle da prisão de ventre. Por outro lado, em pessoas com mais de 50 anos, a existência de perda de peso involuntária, anemia, sangramento nas fezes, início súbito da constipação, alternância de diarreia com constipação, etc., costuma ser um sinal que possa haver algo por trás da prisão de ventre.
Para a investigação da constipação, além do toque retal, o médico pode solicitar uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, que são exames que permitem a visualização do interior do cólon e do reto, à procura de lesões que possam ser a origem da prisão de ventre. 
A avaliação do funcionamento do músculo do esfíncter anal pode ser feita através da manometria anorretal. Neste procedimento, o médico insere um fino tubo flexível no reto e, em seguida, infla um pequeno balão na ponta do tubo. Este procedimento permite aferir a coordenação dos músculos ao redor do ânus no momento da evacuação, de forma a esclarecer se a dificuldade para defecar é devido à alguma fraqueza ou incoordenação da musculatura.
O estudo de trânsito no cólon é um procedimento feito para avaliar a velocidade do trânsito intestinal. Neste estudo o paciente engole uma cápsula contendo 24 marcadores que se dispersam ao longo dos intestinos e podem ser identificados através de radiografias simples do abdômen. O paciente após 6 dias faz uma radiografia do abdômen para saber quantos marcadores ainda estão presentes e quantos já foram eliminados. A identificação de pelo menos 5 marcadores presentes no cólon após os 6 dias é um sinal de lentificação do trânsito intestinal.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

TRATAMENTO DA PRISÃO DE VENTRE

O tratamento inicial da constipação deve ser sempre com alterações da dieta, incluindo maior consumo de fibras, frutas, legumes e verduras. Granola, cereais enriquecidos com fibras, farelo de trigo, mamão, kiwi e ameixa preta são alimentos que podem ajudar bastante na prisão de ventre. Carnes e carboidratos podem ter o efeito oposto. Outro ponto essencial é aumentar o consumo de água. Pelo menos 1,5 litro de água deve ser ingerido ao longo do dia.
Um forma de aliviar a prisão de ventre, que costuma ser negligenciada, é a prática de exercícios físicos. A atividade física regular melhora o funcionamento da musculatura intestinal e abdominal, além de estimular a própria motilidade do cólon.
Entre os laxantes naturais, o psyllium, policarbofil de cálcio e a metilcelulose são os mais indicados. Esse produtos são fibras capazes de absorver grande quantidade de água, o que forma um bolo fecal grande e úmido, ideal para ser expulso no momento da defecação.
Também é importante explicar para o paciente que o mesmo deve evacuar sempre que tiver vontade. Ficar segurando as fezes aumenta o tempo que as mesmas ficam no intestino, fato que favorece a absorção de água do bolo fecal, tornando-o cada vez mais ressecado e rígido.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Laxantes para Prisão de Ventre

Se as medidas acima não surtirem efeito, o uso de laxantes pode estar indicado. É bom lembrar, porém, que o uso abusivo de laxantes a longo prazo pode perpetuar a constipação, tornando a resolução do problema mais difícil. O laxantes são para serem usados de vez em quando, em períodos de maior necessidade. Se você precisa recorrer aos laxantes de forma regular, o ideal é procurar ajuda de um gastroenterologista em vez de ficar se automedicando de forma contínua.
Entre as opções de laxantes, as mais usadas são a lactulose, sorbitol, óleo mineral, bisacodil (lacto purga ou dulcolax) e senna. Nos casos mais resistentes, supositórios de glicerina ou bisacodil, ou enemas podem ser tentados.
Se nada der jeito, a desimpactação manual é o próximo passo. Muitas vezes, o paciente forma um bolo de fecaloma tão grande e duro, que é fisicamente impossível do mesmo ser eliminado sem ser fragmentado de forma mecânica antes.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

É hora de se livrar das fraldas!

Veja como ensinar o seu filho a usar o banheiro, sem trauma e sem estresse

É hora de dar adeus ao xixi na cama quando a criança já tiver aprendido a controlar o cocô. Aí, ela está pronta para usar o banheiro. Importante: a ingestão de líquidos à noite deve ser controlada, no máximo até duas horas antes de deitar, e não se esqueça de levar o filhote para fazer xixi antes de ir para a cama.
No começo, tanto meninas quanto meninos aprendem a urinar sentados. Mas ensinar um menino a urinar em pé é um incentivo para sua identificação com o pai e com outros garotos. Fica mais fácil quando a criança observa e imita outras pessoas do sexo masculino.
De uma forma geral, para ensinar seu filho a usar o banheiro, comece de dia. Leve a criança para urinar a cada três horas, explicando o que vocês foram fazer ali (pode até imitar o barulho do xixi caindo no vaso). O controle diurno pode ocorrer até os três anos de idade e o noturno, até os cinco anos.
Dicas para ambos os sexos
- O controle noturno só deve começar após o controle diurno estar consolidado, a não ser que seja iniciativa da própria criança não querer mais fazer xixi ou cocô à noite.
- Esse controle deve começar ao mesmo tempo em casa e na escola, se possível com a mesma orientação. Assim, converse e conheça a metodologia da escola.
- Acidentes de percurso acontecem e não devem ser criticados, mas orientados. Envie mais roupas para a escolinha para evitar que a criança se sinta constrangida por ter que ficar molhada ou suja na fase inicial desse processo.
- Nessa primeiro momento, para evitar que a criança faça xixi ou cocô em locais inapropriados, a fralda pode ser usada no carro, em transportes em geral e em passeios, por exemplo.
- Somente quando a criança já estiver habituada a urinar no penico, passe a usar o redutor para adaptar o vaso sanitário. Ela deve fazer xixi e cocô sentada, para que aprenda a se equilibrar e a relaxar a musculatura.
- Deixe seu filho no banheiro de dois a três minutos para fazer xixi e até 10 minutos para evacuar. Ajude a criança a jogar a sujeira do penico para o vaso, e depois a dar a descarga.
- Quando as crianças descobrem que podem ter o controle sobre o xixi e sobre o cocô, algumas podem não querer se desfazer de suas "obras". Assim, mesmo que no início dessa fase sem fraldas elas evacuem somente na fralda, jogue com elas as fezes no vaso, mostrando que aquele é o lugar mais adequado para o cocô.
- É legal mostrar para o seu filho que ele alcançou essa nova fase, mais "avançada". Peça ajuda para colocar as cuequinhas ou calcinhas que eles vão usar a partir de agora nas gavetas. É importante a participação deles durante todo o processo.
- Muitas vezes, as crianças não querem parar o que estão fazendo (ver um desenho, brincar) e tentam segurar o xixi e o cocô, na maioria das vezes sem sucesso. Fique atenta às expressões corporais que podem indicar vontade de ir ao banheiro, como, por exemplo, mãos nos genitais, crianças apertando as pernas, até "dançando". Afinal, ao invés de falar, elas podem utilizar o corpo para se comunicar.
- Evite, ao máximo, adiar a eliminação de fezes ou urina. Leve a criança ao banheiro sempre que ela tiver vontade (mesmo que, em algumas dessas vezes, ela não faça nada).
- Acidentes diurnos são normais até os três anos de idade e noturnos, até os cinco anos.
- Algumas crianças podem regredir nesse processo de abandono das fraldas para chamar a atenção, muitas vezes com a chegada de um novo irmãozinho, por exemplo. Aproveite para dar muito amor e carinho a ela, chamando-a para participar do processo de cuidados do irmão, se a criança quiser.
Atenção: o ensino prematuro e forçado do uso do vaso sanitário, imposto à criança antes da hora adequada, pode fazer com que ela perca o interesse e sinta-se culpadas pelo fracasso. As consequências podem ser a enurese, a desistência e até a obstipação intestinal. Se a criança não estabelecer para si própria a meta de aprender a usar o vaso, os esforços dos pais serão sempre vistos como pressão.
Elogiar o amadurecimento e o sucesso de uma criança nesse aspecto e em outras esferas de seu desenvolvimento pode ser uma maneira indireta, porém importante, de lhe dar apoio.

domingo, 3 de julho de 2016

Cocô do bebê pode trazer mensagem importante sobre sua saúde

As fezes comunicam sobre como está o funcionamento do organismo

Cuidar de um bebê exige atenção a todos os detalhes. E o cocô pode ser um dos mais importantes. “Através da eliminação seu filho comunica sobre como está o funcionamento do organismo,” . É o caso das intolerâncias alimentares, que, geralmente, se manifestam nesse momento. “Fezes muito líquidas ou de coloração diferente do amarelo-esverdeado sinalizam algum desequilíbrio. Esbranquiçadas podem ser sinal de problema no fígado ou de alguma doença hereditária. Já a presença de sangue ou pus é um alerta e é preciso consultar um profissional”, 


As fezes estão diretamente relacionadas com a ingestão de alimentos. Por isso, bebês que mamam exclusivamente no peito tendem a seguir um determinado padrão de eliminação que é diferente dos que tomam algum tipo de complemento ou que já consomem comida sólida. “O leite materno é totalmente aproveitado pelo organismo do bebê, o que explica alguns deles ficarem até 6 dias sem fazer cocô sem sofrerem de constipação”, 
Até o segundo mês, aproximadamente, é normal o bebê evacuar de três a oito vezes por dia. A cor varia de amarelo a esverdeado, é pastoso ou pode apresentar grumos. A partir de um mês e meio até três se forma a ampola retal e a eliminação pode demorar um pouquinho mais para acontecer. Mas, só depois do sexto mês é que as fezes começam a endurecer, mas isso não significa cocô duro, ressequido ou em bolinhas. Nesses casos, pode significar falta de ingestão de líquidos. “Não fazer cocô por até 3 dias é totalmente normal, depois disso requer observação”, 
Segundo o médico, é preciso prestar atenção no conjunto de sinais que o bebê está dando antes de se preocupar. A obstrução abdominal vem acompanhada de barriga inchada e falta de apetite. “Se o bebê está mamando é porque está absorvendo os nutrientes e, naturalmente, sente fome. Se não está eliminando um dia ou outro é porque não está sobrando nada para ser eliminado”,  A soltura de gases também é um indicativo de que tudo está bem.

sábado, 2 de julho de 2016

O BEBÊ FAZ COCÔ COM DIFICULDADE…?

Pois, se de facto está com o leite materno, o problema é mesmo da imaturidade do aparelho digestivo.
O leite materno tem efeito bifidus, por isso devia ajudar. Parece-me que o bebê poderá estar a engolir muito ar durante a mamada e que esse ar se acumule no intestino, impedindo as fezes de descer ao longo do intestino (o que acontece naturalmente no intestino maduro devido ao efeito dos movimentos peristálticos, típicos do aparelho digestivo). Nesse sentido, quanto mais tempo as fezes ficam retidas no intestino, mais água perdem, ficam mais secas e depois é mais difícil o bebê expeli-las.

PORTANTO, A MINHA SUGESTÃO PARA ESTE CASO PASSA PELO SEGUINTE:

  • A mamãe deverá ingerir chá de funcho que ajuda no processo digestivo do bebê
  • Utilize uma posição de amamentação muito confortável para si e que garanta que o bebê agarra bem no mamilo, cobrindo toda a aureola do seio
  • Utilize a cânula do bebegel, que é inócuo e permite a libertação de ar pelo ânus contribuindo para que as fezes desçam
  • Recorra à massagem abdominal do bebê que tanto ajuda nestes casos
Não há mais nada que possa fazer. Enquanto não começar a comer a fruta, não poderá ser ajudado pela alimentação.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Algumas curiosidades sobre o cocô de bebês amamentados

O primeiro cocô do recém nascido é bastante líquido, negro e pegajoso, e se chama mecônio. Logo, durante uns dias, faz as chamadas deposições de transição, muito líquidas e de cor cinza esverdeadas. Por fim aparecem os cocôs típicos do bebê de peito, semilíquidas, de consistência molinha, de cheiro agradável (para o que pode ser um cocô, se entende) e de cor amarelo dourado, mostarda (ainda também se faz em versões marrons e esverdeadas).


Estas mudanças são reflexos das mudanças na alimentação do bebê- No útero, o bebê não come nada- ainda que engula muito líquido amniótico) e o mecônio é o resultado de digerir as células da mucosa intestinal que se vai descamando durante meses (uma dieta exclusiva de carne humana) Durante os primeiros dias depois do parto, o bebê come pouco (não por falta de leite, mas porque não precisa comer muito) e por isso suas deposições são pouco mais líquidas. Os cocôs típicos do bebê amamentados indicam que está tomando uma quantidade apreciável de leite materno e são diferentes dos cocôs dos bebês de mamadeira (normalmente mais espessos, mais escuros e que cheiram mal, às vezes duros, como bolas que não mancham a fralda).

Se por volta dos cinco dias após o nascimento o bebê todavia não fizer os cocôs típicos, amarelos, com grumos e a consistência de um purê, resta suspeitar que o bebê não está mamando o suficiente (consulte um profissional da saúde que entenda de manejo de amamentação para verificar pega correta no peito e outros parâmetros).
Quando, qualquer por motivo, o bebê -ou adulto- não come o suficiente, pode voltar a fazer esses cocôs muito líquidos, cinzas-esverdeados, chamados deposições de fome. Isto explica porque muitos bebês tem otites e diarreia, catarros e diarreia, anginas e diarreia...não é diarreia verdadeira, mas sim cocôs líquidos porque, ao estar doente, se perde o apetite. Também se explica porque se abandonou o antigo costume de colocar dieta no bebê ou adulto com diarreia. Ao não comer ou comer pouco, a diarreia se prolonga, comendo de tudo a diarreia se cura antes.

Durante as primeiras semanas, as deposições normalmente são muito frequentes. Os bebês fazem cocô a cada mamada, parece que se não cabem as duas coisas num corpinho tão pequeno, para meter algo se deve expulsar algo. Mas alguns não fazem tantos, senão “só” quatro ou cinco vezes ao dia. E outros fazem ainda mais cocô entre uma mamada e outra, inclusive, mais de vinte vezes ao dia.

Tudo isso é completamente normal, não é diarreia, e portanto, não se deve fazer nada: nem deixar de lhe dar o peito, nem lhe dar água, nem outros líquidos, nem medicamentos, nem nada. É difícil que um bebê que só tome leite materno tenha diarreia de verdade. Ainda que, com certeza, pode acontecer.

A diarreia se detecta por uma mudança repentina nas deposições muito mais líquidas e abundantes que o dia anterior, ou por presença de outros sintomas, como sangue na cocô ou febre. Sem dúvida, muitas diarreias leves em bebês de peito passam completamente desapercebidas, fica como se ele tivesse feito 6 ou 8 cocôs ao dia!

Pouco depois, entre 1 mês e meio e 6 meses (alguns pouco antes ou depois), ainda que o mais frequente seja entre 3-5 meses, os bebês amamentados exclusivamente passam por uma temporada em que quase não fazem cocô. Então, se esse bebê exclusivamente amamentado tomar um pouco de LA, já muda seu cocô.

Há algumas décadas eram muito pouco comuns os bebês espanhóis que chegavam aos 3 meses amamentados, e não digamos exclusivo. Então, muitas mães e avós, assim como muitos pediatras e enfermeiras, não sabem que isso é normal.

Mas atualmente, cada vez mais bebês são amamentados exclusivamente por 6 meses. Nesses casos, vemos que realmente é raro que o bebê faça cocô todos os dias. A maioria faz a cada 2-3 dias, muitos a cada 5 ou 7 dias. Se você frequenta um grupo de mães lactantes, não lhe será difícil conhecer algum bebê que esteve 10 ou 12 dias sem fazer cocô. Pessoalmente, já vi um bebê que esteve 24 dias sem evacuar, e o Dr. Jack Newmam, médico canadense especialista em amamentação, já relatou dois bebês (amamentados exclusivamente) que estiveram mais de 30 dias sem fazer cocô.

Então esses bebês, quando finalmente fazem cocô, é completamente normal, semilíquido ou pastoso, como costumava fazer antes. E fazem em grande quantidade. Não pense em pesar o bebê antes e depois de fazer cocô, , porque você levaria um susto de morrer. Tudo isso é perfeitamente normal, mas não é prisão de ventre. Repito, não é prisão de ventre porque não fazem bolas duras e secas.

Entretanto, você encontrará alguns pediatras que não sabem que um bebê pode passar dias sem evacuar, e tratará ao seu filho como se estivesse com prisão de ventre verdadeira. Algumas avós ou cunhadas “enchem o saco”, mas mantenha-se firme! Não se deve dar NADA ao bebê: nem água, nem suco de laranja, nem outros sucos, nem chás de ervas, nem remédios naturais, tradicionais, laxantes. Não se deve fazer-lhe lavagem, nem colocar supositórios de glicerina, nem de nenhum tipo, nem meter no bumbum do bebê um termômetro, nem raminho de salsa, nem azeite de oliva...Nada de nada!!

Algumas mães asseguram que o seu filho está incomodado e choroso, quando leva uns dias sem fazer cocô, e que quando faz, lhe passa todos os males. Mas, a maioria diz que seu filho está super bem. É pouco arriscado colocar em dúvidas o que uma mãe afirma, porque ela quase sempre tem razão, mas para mim é bastante difícil crer que esse cocô mole, às vezes, líquido, possa causar dores ou incômodos sérios nos bebês.

Na verdadeira prisão de ventre sem dúvida, o bebê sente dores: evacuar essa bola dura deve doer e é possível que comece a doer antes, antes que saia, a medida que vai passando pelo intestino. Mas, um cocô mole? Me parece que ao não fazer cocô ocorre o mesmo com os dentes: coloca culpa em algo que é pura coincidência...

Se o seu filho não passa por esta fase, se segue fazendo vários cocôs ao dia durante toda a amamentação, não há problema algum, isso também é normal.

Se ao contrário, durante o primeiro mês ou um mês e meio, não faz vários cocôs ao dia, também pode ser normal, mas comprove o peso. A essa idade, alguns bebês fazem pouco cocô porque não mamam o suficiente. Se o peso vai aumentando o suficiente, então não há problemas.

Se desde o mesmíssimo dia do nascimento, seu filho faz cocô uma vez cada vários dias, se não passou nenhuma temporada- curta ou longa- de fazer várias vezes ao dia, consulte o seu pediatra. Poderia ser normal, mas também poderia ter um problema digestivo. Preste atenção, se ao menos, o bebê solta um peidinho, é um bom sinal.